Bolsonaro insiste em licença para matar sem-terras

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Foto: Reprodução

Em entrevista ontem, no início da madrugada, ao “Jornal da Record”, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre segurança pública. Ele comentou ainda as críticas ao Ministério da Educação e à escolha de Sérgio Nascimento de Camargo para o comando da Fundação Palmares.

Ao ser perguntado sobre o envio de projetos de segurança ao Congresso, Bolsonaro ressaltou que o principal trata do excludente de ilicitude durante missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) .

— Se assinar o decreto, a tropa de segurança vai pra lá. Entra as Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e PRF. Nessas condições, eu quero que esse pessoal vá pra fazer valer a sua força para recuperar a normalidade — afirmou Bolsonaro. — Essa força tem que chegar para se impor. E não pode chegar pra se impor e o policial responder por um processo e ser condenado a 30 anos de cadeia.

O presidente também foi perguntado sobre as críticas ao Ministério da Educação. No fim do mês passado, uma comissão da Câmara dos Deputados apontou paralisia e ineficiência na gestão.

— O Ministério da Educação tem mais de 300 mil servidores. No governo Dilma (Rousseff) foram contratados mais de cem mil servidores. O PT usou as universidades como uma fábrica de militantes. E não é fácil reverter tudo isso, nos últimos 16 anos. Nas provas do Pisa (avaliação escolar internacional, promovida pela OCDE), que pega o ensino fundamental, nada cresceu, muito pelo contrário, na última prova no início desse ano e querem botar na minha conta que o Brasil caiu mais ainda. A partir do próximo triênio, aí sim fica sobre a nossa responsabilidade.

Bolsonaro afirmou ainda que os temas e questões em provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) já começaram a seguir para o lado de interesse público. E que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, tem desenvolvido um “bom trabalho”.

— O próprio Enem. Acabaram aquelas perguntas esquisitas, diferentes, que os pais não gostavam e que atentavam contra os valores familiares. Acabaram aquelas perguntas sobre mentiras do período de 64 a 85. Era muita mentira pregada ali. Então, os temas já começam a voltar pro lado de interesse público como um todo. Ele, Abraham Weintraub está fazendo um bom trabalho e deve continuar assim. Essa crítica do parlamento, vem por parte de que grupo parlamentar? De que partido. Tem que ver isso para saber se procede ou não.

Bolsonaro comentou ainda a polêmica que cerca o novo presidente da Fundação Palmares, cuja declaração negou a existência de racismo no Brasil.

— Eu adotei uma política de que cada ministro é 100% responsável pelo seu ministério. No caso, a Cultura está no ministério de Turismo e o secretário de Cultura é o Roberto Alvim. Ainda não conversamos sobre isso, mas ao meu ver foi deturpado o que ele falou.

O Globo