MP vai acompanhar investigação militar sobre Paraisópolis

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Foto: Reprodução

O Ministério Público de São Paulo vai acompanhar as investigações da ação da Polícia Militar que acabou com a morte de nove jovens supostamente pisoteados num baile funk em Paraisópolis, na madrugada do último domingo, dia 1.

O procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, designou a 1ª promotora de Justiça do I Tribunal do Júri, Soraia Bicudo Simões, para acompanhar a apuração de possíveis abusos cometidos pelos agentes na comunidade da região Sul de São Paulo.

Na segunda-feira, a pedido da ouvidoria das policiais, a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo assumiu a investigação da conduta dos 38 policiais que participaram da ação. A decisão partiu do comandante-geral da PM paulista, Marcelo Vieira Salles.

O porta-voz da PM, tenente-coronel Emerson Massera, afirmou que a mudança ocorreu para afastar a desconfiança com as investigações no âmbito militar. Até então, as apurações estavam concentradas a cargo do 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M).

Também na segunda, seis policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), que participaram da operação, foram afastados para cumprir serviços administrativos. Com a decisão, os agentes ficam fora de operação até o final da investigação.

— Os seis policiais foram afastados pelo próprio comando da área deles, para preservá-los. A princípio, os outros não serão afastados. Tudo vai depender das apurações — afirmou o coronel Marcelino Fernandes, comandante da Corregedoria da PM.

A investigação das nove mortes em si, feita pela Polícia Civil, começou no 89° Departamento de Polícia (Portal do Morumbi). Agora está sob responsabilidade do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Até o momento, seis dos 38 PMs envolvidos prestaram depoimento. O caso foi registrado como morte suspeita.

Suas armas foram recolhidas para verificar se houve disparo durante a ação. Os agentes também foram submetidos a exames residuograficos, para identificar eventuais vestígios de pólvora nas mãos.

O Globo