Novembro teve maior inflação desde 2015

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Foto: João Geraldo Borges Júnior/Pixabay

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou a alta para 0,51% em novembro, após ter registrado elevação de 0,10% um mês antes. Este foi o maior resultado para um penúltimo mês de ano desde 2015, quando o indicador subiu 1,01%.

O avanço de preços dos alimentos, incluindo as carnes, energia elétrica e jogos de azar tiveram impacto no resultado. Vale notar que, em novembro de 2018, o IPCA tinha recuado 0,21%.

A leitura de novembro ficou um pouco acima da mediana de 39 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data, de 0,47% de avanço. O intervalo das projeções ia de 0,31% a 0,58% de aumento.

No acumulado do ano, o índice de preços teve alta de 3,12%. Em 12 meses, subiu 3,27%, acima dos 2,54% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, conforme dados apresentados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Faltando apenas um mês para o fechamento do ano, o IPCA segue abaixo do centro da meta, de 4,25% — a meta tem margem de tolerância 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O IBGE calcula a inflação com base na cesta de consumo das famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

A inflação se espalhou menos pelos produtos e serviços que compõem o IPCA de novembro. O chamado Índice de Difusão, que mede a proporção de bens e atividades que tiveram aumento de preços, passou de 59,8% em outubro para 55,9% um mês depois, segundo cálculos do Valor Data considerando todos os itens da cesta. Em setembro, havia ficado em 47,3%.

Excluindo alimentos, grupo considerado um dos mais voláteis, o indicador mostrou leve aumento na abrangência das altas de preços, de 54,5% para 54,9%. Em setembro, havia sido de 47,9%.

Valor