Alvim não fez tantas referências ao nazismo, diz especialista
Foto: Reprodução e Atelier Bieber/Nather /Bildarchiv Preußischer Kulturbesitz
Segundo a Folha de S. Paulo, Mike Godwin, advogado americano, ficou famoso por criar, em 1990, a “Lei de Godwin”.
A regra, uma forma de criticar a banalização das analogias nazistas, dita o seguinte: “conforme uma discussão online se prolonga, a probabilidade de uma comparação envolvendo nazistas ou Hitler se aproxima de um”.
O advogado comentou o vídeo em que o ex-secretário de Cultura, Roberto Alvim, copia frases do ministro de Cultura nazista, Joseph Goebbels.
“O que é parecido com Goebbels aqui é a oposição binária entre ‘será X ou não será nada’. Essa é uma tática retórica comum na retórica fascista. Mas não sei se Alvim retirou isso diretamente de Goebbels. Estou mais perturbado com o uso da música de Wagner”, comentou Godwin.
O advogado faz referência à ópera “Lohengrin”, de Richard Wagner, presente no vídeo. O compositor alemão era o preferido de Hitler.
Além dos pontos de encontro entre os discursos, alguns internautas também notaram a semelhança entre o cenário em que Goebbels fez o pronunciamento e aquele usado por Alvim, em que há uma cruz e um quadro com o rosto do presidente.
Redação com Folha