China desmente prisão domiciliar de brasileiros

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O número 2 da embaixada da China no Brasil, Song Yang, buscou tranquilizar, nesta sexta-feira, os brasileiros que se encontram retidos em algumas cidades chinesas em um regime de quarentena. Ele afirmou que todos os cidadãos estrangeiros que se encontram naquele país têm recebido atenção especial das autoridades, sem isolamento ou restrições de abastecimento.

– Os cidadãos brasileiros não estão em prisão domiciliar. Não estão isolados. Estão sendo tratados como nossos irmãos e irmãs – enfatizou.

Song Tang lembrou que a China não se opõe à retirada de cidadãos estrangeiros pelos governos de outros países. Porém, destacou que esse tipo de operação requer um grande esforço logístico, com custos e riscos elevados. Por isso, defendeu a permanência dessas pessoas em território chinês no momento atual.

– Achamos melhor os cidadãos ficarem na China, em estado de quarentena. Nosso trabalho contra o coronavírus está sendo muito rápido. Há uma grande cooperação internacional, contatos frequentes com a Organização Mundial da Saúde, construção de hospitais e garantia de oferta de produtos em supermercados – afirmou, acrescentando que as autoridades chinesas já identificaram o mapa genético do vírus.

Duas semanas em casa no Brasil
Àqueles que estiverem chegando da China e desembarcando no Brasil, sejam cidadãos chineses ou não, a recomendação é para que permaneçam sem sair de casa por, pelo menos, 15 dias. Esse período é considerado o suficiente para evitar o risco de transmissão do coronavírus, completou o diplomata.

Sang alertou, ainda, para o surgimento de notícias alarmistas, que nem sempre são verdadeiras.

– Ninguém sabe quando a epidemia vai passar, mas temos que analisar, estudar as questões, com espírito científico e cabeça fria, em vez de sermos dominados pelo pânico da desinformação. É preciso combater as “fake news”.

Ele citou os números mais recentes relativos ao coronavírus, apurados por Pequim: foram identificados 9.830 casos na China e existe a suspeita de outros 15.238 casos. Até o momento, 203 pessoas morreram e 218 estão curadas.

Ainda conforme o diplomata, 22 países confirmaram 123 casos, com dez pessoas curadas e um morto. De forma geral, os idosos são os mais vulneráveis à doença.

O Globo.