Com Alvim, Bolsonaro paga por opção ideológica

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Foto: Alan Santos/Presidência da República

A reação não poderia ser outra, assim como não poderia ser diferente a decisão de demitir de imediato o secretário de (in) Cultura, Roberto Alvim. Um minuto a mais e a permanência dele poderia ser fatal para o governo. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, deve mais que a demissão: deve, na escolha do sucessor (a), uma demonstração definitiva de que compreende o alto custo de nomear condutores de áreas do governo mediante referência ideológica.

Alvim não cometeu um mero equívoco nem foi vítima da incompetência da assessoria muito menos caiu na armadilha de uma “infeliz coincidência”. O vídeo do então secretário mostra mais que a repetição do discurso de Joseph Goebbels. Toda a cena, da trilha sonora à composição do cenário, passando pelo conceito de reinvenção da arte pelo Estado, remete ao ministro da propaganda de Hitler.

Bolsonaro não pode repetir na Cultura o que fez na Educação ao trocar o “seis” de Ricardo Velez pela “meia dúzia” de Abraham Weintraub. Sob pena de ver repetidos episódios de mórbida semelhança ideológica e, com isso, terminar falando sozinho sem condições morais nem para pregar aos convertidos.

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