Favorito de Bolsonaro para Segurança Pública cobrou propina
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Amigo pessoal e colega de Câmara dos Deputados do presidente Jair Bolsonaro, o ex-deputado Alberto Fraga já foi condenado por corrupção num processo em que foi acusado de receber propina, em 2008, para que o então governo do Distrito Federal, José Roberto Arruda, fechasse contrato com uma cooperativa de ônibus.
Ele sempre negou as acusações e, após a condenação em primeira instância, obteve uma vitória no Tribunal de Justiça, que reverteu a decisão. O Ministério Público do Distrito Federal avalia agora um recurso para tentar refazer a condenação original.
O nome do ex-deputado veio à tona com mais força nos últimos dias após o presidente Bolsonaro aventar a possibilidade de dividir o hoje Ministério da Justiça e Segurança Pública em duas pastas, uma delas com foco somente no combate à criminalidade, cargo que seria assumido por Fraga.
Após o presidente falar sobre a possibilidade de divisão o ministério de Moro, parte das redes bolsonaristas viram o ato como mais um ataque do presidente ao ex-juiz federal – Bolsonaro, por exemplo, não vetou a criação do juiz de garantias, como queria o chefe da pasta da Justiça.
Nas redes era dito que o poder de Moro seria muito diminuído caso a Segurança Pública saísse de seu ministério.
Com a repercussão, Bolsonaro, em viagem à Índia, disse que divisão estava momentaneamente suspensa e que não trataria deste tema por agora.
Fraga, por sua vez, em entrevistas à imprensa, garantiu que conversou com Bolsonaro e disse que, quando o presidente retornar da Índia, haverá uma reunião para tratar do assunto.
Quando informou que havia conversado com Bolsonaro, Fraga comparou a Moro a um “menino buchudo” que só fica reclamando, mas disse que o presidente não ficaria com medo seu ministro.
Em Brasília, dado o prestigio de Moro, muitos especulam que ele pode concorrer às eleições presidenciais contra o próprio Bolsonaro. Por isso o presidente estaria tentando paulatinamente enfraquecer o ex-juiz.