Brasileiros vindo de Wuhan poderão sair da quarentena

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Foto: Sergio Lima/AFP

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta segunda-feira que os médicos e tripulantes do voo que trouxe de volta ao país os brasileiros que estavam em Wuhan, na China, poderão sair da quarentena na base aérea de Anápolis (GO) e serem monitorados em casa. A medida ainda será avaliada e, por isso, a decisão não foi tomada até o momento. Por enquanto, todos, totalizando 58 pessoas, seguem em quarentena.

A região de Wuhan é o epicentro da epidemia do novo coronavírus, identificado como 2019-nCoV. A nova cepa do vírus causa febre e problemas respiratórios, e já matou mais de 900 pessoas, quase todas na China.

Os brasileiros e parentes chineses chegaram a Anápolis na manhã de domingo. Os que estavam na China ficarão em quarentena por 18 dias, mas tripulantes e médicos poderão ficar menos tempo, conforme já havia sido anunciado na semana passada. Mandetta destacou que os médicos usaram equipamentos de proteção individual na China, o que minimiza o risco de contrair o vírus.

— Quando você pega um médico, por exemplo que examina um paciente, mesmo que ele esteja (doente), você não coloca o médico em quarentena. Então a gente vai discutir para saber como a gente vai conduzir. Mas estão todos sim (em quarentena) — disse Mandetta.

Depois ele citou algumas alternativas:

— Pode ser orientação, pode ser domiciliar. A gente vai discutir tecnicamente agora. A gente está compilando como está sendo na Rússia, Estados Unidos, Espanha, Canadá, porque a gente não tem tradição de quarentena. Nós não tínhamos nem lei de quarentena.

Mandetta também disse que as pessoas que estão em quarentena passam bem e não apresentaram sintomas.

— Até onde a gente tem informação, estão todos assintomáticos e bem. O momento agora é de vigilância, vigilância, vigilância. E planejar, planejar, planejar diferentes cenários, desde o super otimista, o realista e o pessimista, que é ter uma epidemia global — disse Mandetta.

Em 19 de fevereiro, ele irá a Assunção para uma reunião dos ministros da Saúde dos países do Mercosul em que falarão sobre o coronavírus.

O Globo