Novo presidente da Câmara terá a cara do Centrão

Todos os posts, Últimas notícias

Foto:  Kleyton Amorim/UOL

A controversa decisão do ministro Luiz Fux de suspender o juiz de garantias virou combustível na já intensa luta nos bastidores pela sucessão de Rodrigo Maia no comando da Câmara. Os perfis apresentados como “ideais” para o novo presidente da Casa vestem sob medida o figurino de líderes do Centrão: o “conciliador”, para não gerar atritos desnecessários na relação com o jeitão “macho alfa” de Fux e de Jair Bolsonaro, e o “pulso firme”, para defender o Legislativo sem fugir das brigas com os demais Poderes. Fux assume o STF em setembro.

Comum. Pré-requisito mesmo nesses modelos é a “experiência”. Com ela, o Centrão esperava fechar a porta da sucessão para os novatos e emplacar um de seus veteranos da Casa.

Quem é quem. No perfil pulso firme se destaca o líder do PP, Arthur Lira (AL). Aguinaldo Ribeiro (PB), do mesmo partido, é tido como mais conciliador e teria a simpatia do Planalto. Ambos sonham com o apoio de Maia, que deixa o cargo em fevereiro de 2021.

Xii… Entre deputados governistas, há certo receio de que a condução da agenda da Câmara possa degringolar de vez (na perspectiva do Planalto, claro) a partir de 2021. Principalmente se os deputados optarem por um nome mais combativo para o lugar de Maia.

De boa. Marcelo Ramos (PL-AM) não se enquadra no pré-requisito da “experiência”, o que para muitos analistas e parlamentares não chega a ser necessariamente um problema. Pelo contrário, é vantagem.

Estadão