Secretarias querem sustar aumento de remédios

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Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

Representantes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde dos Municípios e dos Estados (Conasems e Cosems) foram ontem ao Ministério da Saúde com uma missão: adiar o aumento no preço dos remédios. O reajuste, já calculado de 4%, chegará num timming muito ruim: 1º de abril. Luiz Henrique Mandetta (Saúde) disse ontem a jornalistas que abril e maio serão meses de elevação nos casos do coronavírus. Apesar de o aumento no preço dos remédios não ter relação direta com o covid-19, uma vez que não há medicação para o vírus, os secretários avaliam que será mais um fator de peso no bolso do brasileiro.

Na agenda. Ficou acertado que o tema será debatido na próxima reunião tripartite na Saúde, dia 26. Secretários querem elaborar uma recomendação para enviar à Anvisa, que dá a palavra final.

O preço dos remédios é elaborado a partir de um cálculo, definido por lei desde 2003. Ele leva em conta, entre outras coisas, IPCA e o dólar (na cotação do ano passado).

Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma, que representa o setor, argumenta que o reajuste já é abaixo do concedido a outros setores e que a alta do dólar neste ano já será muito onerosa.

“Não há um aumento de preços em função do coronavírus e nem são produtos essenciais no combate ao covid-19. Não adianta nada não reajustar e acabar tendo um desabastecimento de produtos”, disse. Boa parte dos insumos aos remédios também são importados.

Estadão