Mandetta diz que o governo espera entrega de 8 mil respiradores

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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta quinta-feira que o governo está monitorando como o mercado mundial de equipamentos de proteção individual (EPIs) e respiradores para o tratamento da covid-19 se comporta pelos próximos 30 dias.

O Palácio do Planalto está em alerta porque os Estados Unidos fizeram uma compra em massa de itens como máscaras e gorros da China, o que acabou gerando o cancelamento dos contratos de importação do Brasil.

Segundo Mandetta, apesar disso o governo tem uma promessa de entrega de 8.000 respiradores e ainda uma compra de 200 milhões de unidade de equipamentos.

“Hoje foi mais um dia de medidas para colocar o sistema em mais equilíbrio. Ontem, assinamos promessa de entrega de 8 mil respiradores. Temos 30 dias para recebê-los, vamos ver como mercado funciona nos próximos 30 dias”, disse o ministro em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

“Agora que o mercado chinês vai voltar a produzir, tem que repor todo o estoque que deixou de ser utilizado. Fomos um dos últimos países que conseguiram adquirir 40 milhões de unidades de EPIs. Firmamos também um contrato de 30 dias para a aquisição de 200 milhões de unidades”, explicou.

Mandetta disse também que reuniu-se com integrantes da Embaixada dos EUA no Brasil nesta quinta-feira para discutir parcerias no combate ao novo coronavírus, inclusive na questão dos EPIs.

Segundo ele, uma possibilidade é os EUA enviarem os insumos necessários para a produção de máscaras N95, uns dos itens essenciais para proteção de médicos e enfermeiros, para que esses produtos fossem produzidos aqui.

“Devemos trabalhar uma coisa conjunta para que trazendo matéria-prima nossas fábricas possam produzir as máscaras N95. Temos já cooperação, já com linhas conjuntas”, afirmou.

O ministro da Saúde afirmou na coletiva que o primeiro trabalho científico sobre a cloroquina, medicamento que tem registrado resultados positivos no combate à covid-19, teve “boas aplicações”. Segundo ele, a “ciência começa a achar o caminho” para impedir as mortes pela doença.

Em função dessa notícia, ele deverá conversar ainda nesta quinta-feira com o que ele tem chamado de “conselho de notáveis”, formados por médicos e especialistas da saúde que têm auxiliado o governo na questão do combate à epidemia no Brasil.

O ministro também afirmou que pedirá ao Congresso que “harmonize” a legislação da pesquisa clínica no país. Segundo ele, o assunto é importante para que o Brasil possa “fazer testes de vacina”.

Durante a coletiva, Mandetta criticou o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro por entrar com uma ação judicial para impedir que o médicos do Estado sejam requisitados para ajudar em outras unidades da federação.

Mandetta disse que, se for necessário, o governo federal requisitará, sim, profissionais como médicos e enfermeiros de outros Estados.

“Não vamos ter quadro de epidemia no Brasil inteiro ao mesmo tempo. A lei prevê requisição de bens e serviços de médicos. Se tiver necessidade, a gente vai requisitar”, afirmou. Por enquanto é cadastro voluntário, mas se precisar, convocaremos”, disse.

Valor