Empresas do escândalo de vacinas sofrem operação da PF hoje

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Foto: Reprodução

A operação “Acurácia da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), cumpriu ontem mandados de busca nas empresas Global e Precisa, em Barueri (SP), que pertencem a Francisco Emerson Maximiano, empresário investigado pela CPI da Covid por suspeita de corrupção na intermediação da compra de vacinas pelo Ministério da Saúde.

A PF apura se Maximiano repassou propina a supostos operadores financeiros de políticos do MDB em troca da obtenção de contrato de R$ 550 milhões para fornecimento de medicamentos a servidores da Petrobras.

Os investigadores pediram a prisão de Maximiano, além de um mandado de busca para vasculhar a casa do empresário, em Brasília. Mas os dois pedidos foram negados pela juíza Maria Carolina Ayoub, da 2 Vara Federal de São Paulo. Para a magistrada, a investigação ainda não apontou indícios de irregularidades cometidas por Maximiano .O empresário é investigado pela CPI da Covid porque a Precisa Medicamentos é a representante no Brasil da farmacêutica indiana Bharat Biontech, fabricante da vacina Covaxin.

Em outro pedido formulado pelo MPF, a juíza Silvia Maria Rocha negou prisão temporária para empresários que estariam envolvidos com o suposto esquema, Marco Antonio Carbonari e Daniel Peixoto. Na avaliação da magistrada, a PF não demonstrou “fatos que apontem tentativa de impor obstáculos às investigações”.

Além dos escritórios da Global e da Precisa, foram alvos de buscas 30 endereços de pessoas jurídicas e físicas na Grande São Paulo e em Passos (MG)

A operação se baseou em informações de dois delatores que fecharam acordo de colaboração em 2019: o advogado Luiz Carlos D’Afonseca Claro e o filho dele, o também advogado Gabriel Claro.

Os delatores narraram um suposto esquema de lavagem de dinheiro que se utilizaria de laranjas e empresas de fachada. Ambos afirmaram que ajudaram políticos do MDB a conseguir dinheiro vivo entre 2014 e 2016, por meio do escritório de advocacia de ambos.

O acordo de delação dos dois relata que os valores teriam sido usados para quitar dívidas do ex-senador Romero Jucá (RR) e do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (RJ). O dinheiro supostamente destinado a eles teria movimentado até R$ 4 milhões. Ambos negam envolvimento em irregularidades.

Os investigadores querem saber se os valores que movimentaram o suposto esquema também se destinaram ao suborno de políticos e agentes públicos.

A PF mira o contrato de R$ 550 milhões assinado em março de 2015 pela Petrobras e a Global, a título de “prestação de serviços de gerenciamento do fornecimento e distribuição de medicamentos” aos funcionários da petrolífera. Na época dos supostos fatos, a Petrobras já era alvo da hoje extinta Operação Lava-Jato, deflagrada em março de 2014 e encerrada no governo Jair Bolsonaro.

Seis meses depois de fechado o contrato, a Petrobras decidiu encerrá-lo sob justificativa de que a prestação dos serviços oferecidos pela Global não eram satisfatórios.

Em nota, os advogados de Maximiano e da Global classificaram a operação da PF de “surreal” e disseram que ela foi realizada sem justificativa.

“Chega a ser surreal repetir a mesma busca e apreensão pela terceira vez em 13 dias, dessa vez para ir atrás de documentos sobre o que delatores disseram que teria acontecido 7 anos atrás”, afirmaram os criminalistas Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso. Os advogados também disseram que a investigação “é oportunismo”.

Em outra frente de investigação, o MPF ofereceu denúncia contra Maximiano por suposto crime em contrato firmado com os Correios.

Em 2016, Maximiano teria contatado o então vice-presidente de Gestão de Pessoas dos Correios, Nelson de Freitas, para oferecer seguro de remédios. O MPF diz que o empresário burlou a necessidade de licitação pagando propina para conquistar o contrato por meio de convênio com uma entidade de trabalhadores.

Valor Econômico

 

 

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