Bolsonaro descobre que guerra é ruim
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quinta-feira (24/3), que a crise no Leste Europeu pode causar “guerra da segurança alimentar”. Um dos reflexos do conflito entre Ucrânia e Rússia na economia mundial é o aumento nos preços das commodities, em especial aquelas em que os dois países são relevantes na oferta global, como trigo, milho, petróleo e gás natural.
“Se a crise se alastra, se aumenta, podemos ter uma guerra da segurança alimentar. Vai matar mais gente do que meio mecânico”, afirmou Bolsonaro a apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada.
Em seguida, o mandatário usou o conflito para defender a mineração em terras indígenas.
“Os índios querem se integrar à sociedade e querem explorar sua terra. Então, imagine se uma área do tamanho da Região Sudeste usasse 20% para agricultura. A gente precisa disso daí. O mundo está vivendo uma crise. Em vários países da Europa, já começou desabastecimento. Comer carne lá fora passou a ser quase um luxo. O pessoal não dá valor aqui, muitas vezes”, opinou.
A invasão da Ucrânia pela Rússia completa um mês neste 24 de março e ainda não mostra sinais de arrefecimento. Uma nova rodada de sanções econômicas tenta frear a guerra na Ucrânia e isolar ainda mais o presidente russo, Vladimir Putin.
Nesta quinta, há reunião da cúpula Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), do conselho da União Europeia e do G7 — grupo dos países mais ricos do mundo.
Os encontros debatem a instabilidade geopolítica atual. Novas sanções contra a Rússia, o risco do uso de armas nucleares e o fortalecimento da defesa mundial são as principais pautas divulgadas até o momento. O presidente dos EUA, Joe Biden, participa dos encontros.
Metrópoles