ONU prova que ‘golpeachment’ faliu o país

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Estudo da ONU prova que escolhas políticas do país entre 2013 e 2019 afundaram quase todos os brasileiros e só beneficiaram o 1% mais rico

Eduardo Guimarães

 

O líder no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano calculado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é a Suíça com 0,962. Em seguida, vieram a Noruega (0,961), Islândia (0,959), Hong Kong (0,952) e Austrália (0,951).

Brasil caiu três posições no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU no estudo divulgado neste ano sobre o biênio 2021-2022; O índice é composto pela expectativa de vida ao nascer, a escolaridade e a renda. Antes na 84ª posição, agora somos o 87º na lista de 191 países analisados pelo PNUD da ONU.

Se você acha que isso é ruim, vai piorar. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou, em março de 2017, o Relatório Bianual do Desenvolvimento Humano (RDH), e o Brasil se manteve no 79º lugar no mesmo ranking, que vai do mais desenvolvido ao menos desenvolvido. Aquele relatório foi elaborado em 2016 e teve como base os dados de 2015.

Desde 2016 o Brasil ficou estagnado no 79º lugar e parou de melhorar em 2014, ano seguinte às manifestações de 2013, que ressuscitaram a extrema-direita no Brasil. Mas se as “burradas de junho de 2013” paralisaram o IDH, o governo que produziram atacando Dilma naquelas manifestações, o de Michel Temer, começou a reverter toda a justiça social que vinha sendo produzida desde 2003 melhorando o IDH do Brasil ano a ano, desde então.

O Brasil perdeu inacreditáveis OITO posições no ranking do desenvolvimento humano graças a, primeiro, junho de 2013; segundo, graças a Temer; terceiro e mais dramático, graças a Bolsonaro.

Temer acabou com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e oficializou o subemprego no país via trabalho intermitente, por exemplo. E Bolsonaro terminou o serviço com a sua primeira medida provisória, em 2 de janeiro de 2019, que extinguiu o Ministério do Trabalho e fez explodir o trabalho escravo no Brasil.

Pode-se dizer que o próprio povo brasileiro colocou a corda no pescoço. Claro que o 1% mais rico lucrou muito em todo o período, como mostra estudo feito por economistas do Insper, que mostra que a disparidade na distribuição de recursos no país caiu de forma ininterrupta entre 2002 e 2015, voltando a aumentar em 2016 e 2017.

Os cálculos indicam que o Índice de Gini do brasil, calculado pelo PNUD e pelo Banco Mundial, recuou de 0,583 para 0,547 entre 2003 e 2016, ou seja, durante os governos Lula e Dilma. O resultado, segundo os economistas, correspondeu à saída de 16 milhões de pessoas da pobreza no período.

Detalhe, de 2016 (ano do golpeachment contra Dilma Rousseff) para frente a desigualdade disparou no Brasil. E se agravou com Bolsonaro, caindo um pouco, ano passado, graças à gastança eleitoral que ele promoveu para tentar se reeleger.

A Conclusão? É a de que as escolhas deste povo entre 2013 e 2019 afundaram quase todos os brasileiros e só beneficiaram os que integram o 1% mais rico da população, que, após o golpeachment, ganhava, até 2022, 32,5 vezes a mais do que os 50% mais pobres.