Ministro da Defesa venezuelano garante lealdade do exército a Maduro
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, disse nesta quarta-feira (23) que as Forças Armadas do país vão rejeitar qualquer pessoa que se autodeclare presidente ou que chegue ao cargo imposta por “interesses obscuros”.
Na declaração, o ministro não mencionou diretamente o nome de Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, que se declarou também nesta quarta presidente interino do país durante uma manifestação com milhares de pessoas em Caracas.
O congressista fez, inclusive, um aceno aos militares e disse que aqueles que lutassem contra o regime do ditador Nicolás Maduro iriam ser anistiados.
Padrino, porém, afirmou que os militares seguem leais ao ditador. “O desespero e a intolerância atentam contra a paz da Nação. Os soldados da Pátria não aceitamos um presidente imposto à sombra de interesses obscuros, nem autoproclamado à margem da lei”, escreveu ele nas redes sociais.
“A FANB [as Forças Armadas] defende nossa Constituição e garante a soberania nacional”, completou.
Em um discurso em que respondeu Guaidó, o próprio Maduro também mencionou os militares, considerados um dos principais grupos que sustentam o regime.
“Força Armada Nacional Bolivariana a meu comando, máxima união, máxima disciplina, que vamos vencer. Leais sempre, traidores nunca”, disse do balcão do Palácio Presidencial de Miraflores.
Na segunda-feira (21), um grupo de 27 militares chegou a protagonizar uma breve revolta, que foi rapidamente controlada por governo, que deteve todos os rebeldes.
Da FSP