Categoria: Análise
Após o golpe, máquina golpista vai sendo desativada
Quem pensa que a concretização do golpe afetará apenas governistas, está enganado. A máquina golpista montada ao longo de anos para tirar o PT do poder é estupidamente grande, cara e já começa a perder o sentido. Não é mais necessária. Claro que alguns vão se dar bem pelos “serviços prestados”, mas haverá uma dança das cadeiras para contemplar poucos eleitos. Quem ficar de fora vai se tornar um perigo. E cedo ou tarde vai dar com a lingua nos dentes. É só esperar.
Após 52 anos, direita volta a ocupar o poder sem mandato popular
Não será a primeira vez que a direita usurpa o poder no Brasil para impor sua agenda antipopular, mas a cada cidadão que assiste a esse espetáculo triste (que o mundo inteiro está enxergando e denunciando) cabe lutar para que essa seja a última vez em que a vontade popular é usurpada por grupos políticos incapazes de vencer eleições e que usam esses atalhos para governar sem votos. A luta pela redemocratização do Brasil começa hoje. E só terminará quando pudermos escolher de novo os governantes.
Golpe pode cair de vez porque está ficando muito caro para o país
Surpreendeu-se quem quis com a anulação da sessão da Câmara que acolheu o golpe. Em política, tudo é uma questão de custo benefício. Quando o custo de algum caminho político fica maior do que o benefício, a classe política não hesita em mudar de rumo. Foi assim ao aderir ao golpe, será assim ao abandonar o golpe. A decisão do Valdirzão, aí, foi apenas o primeiro passo no soterramento dos golpistas. Outros virão. Aguardem.
Golpistas em pânico: queda de Cunha pode anular impeachment
Enquanto escrevo este texto, assisto a Globo News. Surpreende – pero no mucho – o semblante de abatimento dos repórteres e apresentadores. Quem se lembra do abatimento deles a cada eleição que o PT vencia não se surpreende por apresentarem o mesmo sintoma em um momento em que o golpe ameaça subir no telhado.
Se Teori Zavascki aceitar denúncia contra Aécio, PSDB inteiro dança
Ano passado, o ministro Teori Zavascki discordou de Rodrigo Janot quando ele pediu o arquivamento do processo contra Aécio envolvendo a “Lista de Furnas”. Na decisão em que aceitou o arquivamento, Zavascki escreveu que considerava “improcedentes” as razões de Janot para parar a investigação. A boa notícia é que o caso volta às mãos de Zavascki, quem a lei obrigou que aceitasse o pedido do PGR. E se puxarem o fio dessa meada virão Alckmin, Serra e, se bobear, até FHC.
Um governo Temer afundaria o PSDB e elegeria Lula em 2018
Há sinais de que a população começa a perceber que os problemas que o país enfrenta decorrem menos de erros de gestão de Dilma e (muito) mais de sabotagem da economia pela direita através da Operação Lava Jato, que, como muitos já devem ter percebido, entrou em hibernação após a vitória do impeachment na Câmara. Assim, as previsões sobre prisão ou inelegibilidade de Lula e adiamento das eleições de 2018 têm um obstáculo intransponível para se materializarem. Há muita luta pela frente, pois. E armas não irão faltar
Golpistas vão perder seja qual for o resultado dessa votação infame
Votação de hoje na Câmara tem importância relativa porque nenhum resultado encerra a crise política, que é a base da crise econômica. A militância exacerbada contra o governo nas ruas e no Congresso não muda de acordo com a votação deste domingo infame. A radicalização continuará paralisando a economia, mantendo a crise econômica a todo vapor e o governo frágil independentemente de quem estiver governando. É isso o que acontece quando as pessoas substituem o cérebro por outros órgãos na hora de pensar. E o sujeito da foto (Fiesp) ajudará a derrotar os golpistas
Impeachment de Dilma não será aceito como o de Collor
O consórcio golpista não poderia estar mais enganado ao apostar que, consumado o golpe, será digerido rapidamente. Movimentos sociais, sindicatos, artistas, intelectuais, parlamentares, partidos e parte da comunidade e da imprensa internacionais rejeitam o impeachment. Certo está o jornal DE DIREITA britânico Financial Times ao dizer que o impeachment vai jogar o Brasil no caos e afundar de vez a economia. Dilma não é Collor; não renunciou, como Collor; não está sozinha como Collor estava. A direita deveria prestar mais atenção a seu jornal favorito. Ele sabe o que diz.
Lewandowski: “Não fechamos a porta para contestação do impeachment”
Por volta da primeira hora desta sexta-feira o Supremo se apequenou ao não proibir que a Câmara dos Deputados vote o relatório viciado que optou por aprovar abertura de processo de impeachment contra Dilma. Porém, graças à coragem do ministro Marco Aurélio Mello e à inteligência do ministro Ricardo Lewandowski, nem tudo está perdido. O relatório viciado do deputado Jovair Arantes poderá se voltar contra os golpistas lá na frente.
Golpistas, não cruzem o Rubicão; a guerra vos espera do outro lado
Claro que o Brasil não deixará de existir após uma eventual derrubada do governo. E que ninguém vai querer ver o país afundar só para se vingar dos golpistas. Eu e você não queremos o golpe, mas tampouco haveremos de querer que o país afunde porque vivemos nele e o que nele ocorrer nos afetará a todos. Porém, o que iria convulsionar o país e afundá-lo seria a forma como os golpistas iriam governá-lo se o golpe passasse. Por isso o golpe incendiará o Brasil. Disso os golpistas podem ter certeza.