Consultor de Witzel é reconhecido por vítimas e delator por praticar extorsão

O policial civil Flávio Pacca, apresentado pelo governador Wilson Witzel como seu “assessor especialista na área de tiro”, foi delatado ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, por um homem que se passava por policial civil somente para praticar extorsões. Após ser preso, em 2017, o falso agente passou a colaborar com as investigações.

Consultor de Witzel preso foi homenageado por Flávio Bolsonaro por operação com morte de traficante

Além de sua perícia como atirador, ele participou de ações de repercussão — como a operação que resultou na morte do traficante Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-Te-Vi, ex-chefe do tráfico na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. Foi por essa ação que recebeu uma moção do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, em 2005.

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Os números estarrecem as pessoas de bem. No Brasil, de 1º de janeiro a 18 de fevereiro deste 2019 que mal se inicia, 162 mulheres foram assassinadas pela simples condição de ser mulher. Em média, houve 3,3 assassinatos por dia, um a cada oito horas. Outras 98 mulheres sobreviveram – quase todas com sequelas físicas e emocionais irreparáveis – ao ataque de seus algozes nestes primeiros 49 dias do ano.

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Ao longo da última campanha eleitoral —e também depois—, o Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), prometeu reiteradas vezes que policiais fariam um curso de sniper e atirariam em bandidos armados, inclusive a longa distância e, se preciso, de helicópteros. Mas, a julgar pelos depoimentos dos moradores de Manguinhos, essa doutrina de Witzel não é novidade e já estava em vigor bem antes de sua posse —e não vitima apenas traficantes portando fuzis.