Pesquisas eleitorais sem Lula usam dados falsos

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Desde a condenação de Lula em primeira instância em julho de 2017 que todos os institutos de pesquisa de opinião que fazem sondagens eleitorais usam dados falsos e fazem isso por várias razões, muitas vezes sem má-fé. Outras vezes, nem tanto.

As pesquisas eleitorais todas vêm registrando a intenção de voto em Lula apesar de a condenação em segunda instância em 24 de janeiro tê-lo tornado inelegível, pois sempre haverá a hipótese de ele conseguir disputar com base em uma das liminares que a Justiça Eleitoral SEMPRE concede a candidatos que não tenham sido condenados definitivamente apesar de já carregarem condenações em instâncias inferiores da Justiça. Mas essas pesquisas também estudam cenários sem Lula, por razões óbvias e como deveria ser.

Onde está o problema, então? Está no fato de que pesquisas de opinião sobre cenários eleitorais sem Lula são manipulados ou mal pensados. Por que? Porque não incluem o candidato mais forte de todos no questionário apresentado aos entrevistados.

Em 31 de janeiro, o jornal Folha de São Paulo publicou uma pesquisa eleitoral do seu instituto Datafolha vendendo uma mentira sobre a pesquisa.

Por que uma mentira? Porque Bolsonaro não lidera coisa alguma em cenário sem Lula. Segundo o Datafolha, 27% dizem que o apoio de Lula influenciará “com certeza” sua decisão de voto e 17% afirmam que “talvez” votassem no nome indicado pelo ex-presidente.

Somados os 27% que dizem que vão votar “com certeza” em quem Lula indicar e os 17% que dizem que poderiam votar no candidato do ex-presidente, temos o percentual de QUARENTA E QUATRO POR CENTO DO ELEITORADO.

Mas fiquemos só com os 27% que votam em Lula e comparemos com o percentual com o qual Bolsonaro fica na disputa se Lula não disputar a eleição.

Quem é, então, que fica em primeiro se Lula não puder disputar a eleição? Bolsonaro ou o candidato que Lula indicar? Se é o candidato que Lula indicar, por que os institutos de pesquisa não fazem essa pergunta aos entrevistados? Por que não fazem um questionário incluindo o “candidato de Lula” ao lado de Bolsonaro, Alckmin, Marina etc?

A resposta é desnecessária