MPF defende direito de apoiadores de Lula em Curitiba

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Após a Polícia Federal pedir a transferência do ex-presidente Lula, os procuradores da Força-Tarefa da Lava-Jato se manifestaram contra a saída do petista de uma sala especial na sede da superintendência do órgão, em Curitiba. 

A PF quer que Lula deixe o local sob a justificativa de que sua prisão tem gerado gastos altos e transtornos para rotina da superintendência, já que há atos de movimentos sociais em defesa do petista no entorno.

Para o Ministério Público Federal (MPF), no entanto, os moradores devem suportar o desconforto e o exercício de manifestação pacífica dos apoiadores do ex-presidente.

No entendimento dos procuradores, a sede da PF é hoje o local mais seguro para manter a prisão do petista.

“É difícil afirmar a existência de outro local no estado do Paraná que possa garantir o controle das autoridades federais sobre as condições de segurança física e moral do custodiado”, diz o MPF, em ofício assinado pelos 13 procuradores da Lava-Jato.

A decisão cabe à juíza da Vara Federal de Execuções Penais (VEP), Carolina Lebbos, que terá de analisar se mantém o petista na PF ou se o encaminha a um presídio.

Na avaliação dos delegados, um presídio seria mais adequado ao ex-presidente, já que presos que cumprem pena têm a direito a trabalho e prestação de serviços para remissão de pena, o que as instalações da PF não oferecem.

A superintendência abriga apenas presos temporários ou condenados em primeira instância que negociam delação, nos casos daqueles que são réus na Operação Lava-Jato.

Caso Lula seja transferido, uma das possibilidades é que seja levado para o Complexo Médico Penal (CMP), presídio na região metropolitana de Curitiba, onde presos da Lava-Jato cumprem pena.

Com informações do O Globo