Temer insulta beneficiários do Bolsa Família e pode extinguir programa

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O governo Michel Temer divulga que está “fazendo as contas para saber se há dinheiro” para manter o maior e mais bem-sucedido programa social do mundo, copiado por inúmeros países. De quebra, ainda esbofeteia os atuais beneficiários do Bolsa Família.

Para que se tenha uma ideia, entre 2011 e 2015 o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) recebeu 406 delegações de 97 países, interessadas em entender melhor o funcionamento do programa.

Nesse período, o ministério também participou de mais de cem eventos internacionais, como seminários, workshops e oficinas, com o objetivo de apoiar e facilitar o intercâmbio de conhecimentos e experiências, principalmente no hemisfério sul.

Enquanto Temer não toma coragem para atender a demanda de grandes empresários de parar de gastar dinheiro com pobres e gastar com ricos, o presidente golpista promoverá um mega insulto no dia 1º de maio com a mudança do nome do Bolsa Família para “Bolsa Família dignidade”, a versão Temer do programa lançado por Lula.

O programa é o mesmo, só que com reajuste abaixo da inflação e a convocação para os beneficiários realizarem uma vez por mês trabalhos voluntários pelos quais receberiam mais R$ 20.

Basicamente, o governo caracteriza como “indignidade” os beneficiários do programa para tirar famílias da situação de miséria absoluta receberem esses recursos sem trabalharem para quem paga, ou seja, para o governo.

A ideia se baseia na premissa de que o governo dar dinheiro para pessoas em situação de miséria absoluta confere indignidade a quem recebe.

Na prática, o programa paga, proporcionalmente, muito menos do que o salário mínimo para quem trabalhar um dia por mês, pois se multiplicar por 22 dias úteis o valor de R$ 20 o salário resultante seria de R$ 440, menos de meio salário mínimo.