Fui atacado por avisar que a ONU apoiaria Lula
Vivemos tempos estranhos. As pessoas parecem cada vez mais cegas aos fatos e, quando alguém acerta alguma “previsão” com base, pura e simplesmente, nos fatos presentes, muitos são os que se espantam.
Este blogueiro e youtuber – que alguns preferem chamar de youTIOber – vem experimentando esse fenômeno…
De novo.
Em junho de 2013, por exemplo, o Blog da Cidadania comprou uma baita encrenca com a esquerda sem juízo.
O signatário desta página foi atacado por militontos por enxergar os fatos e prever que as manifestações por vinte centavos iriam terminar em golpe porque derrubariam a popularidade da então presidente Dilma Rousseff e o seu vice-presidente, Michel Temer se aliaria à oposição e à mídia para derrubar o governo reeleito em 2014.
Setores da esquerda chamaram-me de “reaça” por dizer que a tal busca por “mais direitos” que a garotada imberbe e uns tiozões sem noção alegavam ser a verdadeira razão para multidões saírem às ruas xingando Dilma resultaria, isso sim, em grave perda de direitos e derrocada da democracia…
Um dos muitos textos que escrevi em junho de 2013 previu que, naquele mês, estava começando o golpe que culminaria com a derrubada de Dilma Rousseff quase 3 anos depois.
Selecionei um parágrafo daquela minha pregação no deserto em junho de 2013.
https://blogdacidadania.com.br/2013/06/cerca-de-900-leitores-veem-golpe-em-marcha-e-querem-reagir/
“(…) Michel Temer está sendo assediado pela oposição para que comece a dar declarações vira-casacas sobre o governo Dilma, quem alguns oposicionistas mais exaltados e alguns meios de comunicação sonham em submeter a impeachment. A Temer caberia iniciar o desmonte das políticas públicas petistas, sobretudo as sociais (…)”
Ninguém sabe o que me custou essa previsão, à época. Quanta difamação, quanta calúnia…
Hoje, muitos me chamam de “vidente” – inclusive alguns dos que me chamaram de “reaça” por avisar que junho de 2013 terminaria em golpe…
Perguntam-me, hoje, se tenho bola de cristal. Oxalá tivesse. Atualmente, adivinharia o resultado de alguma loteria e iria cuidar da vida em alguma praia paradisíaca…
Ou não, porque fugir da raia não é meu estilo.
Enfim, agora acaba de se concretizar outro prognóstico que o Blog da Cidadania fez, sobre a inevitabilidade de o Comitê de Direitos Humanos da ONU apoiar a demanda de Lula ao organismo multilateral contra o Estado brasileiro por violação de seus direitos civis e políticos.
O quadro abaixo é muito eloquente em demonstrar quantas vezes você leu aqui ou assistiu aqui, neste espaço, que a ONU terminaria por dar razão a Lula simplesmente porque o uso do poder de Estado para persegui-lo não é só evidente, mas ESCANDALOSAMENTE evidente.
Na imagem acima você vê as ilustrações de vídeos do Canal do Blog da Cidadania no YouTube que anteciparam a inevitabilidade de a ONU acolher a demanda de Lula para que se valesse do Pacto que o Brasil firmou com o organismo multilateral de que se submeteria às suas decisões.
Não se tratou de profecia, mas de análise fria dos fatos. Era inevitável que a ONU enxergasse quão farsante é o processo que condenou e encarcerou Lula e como a Constituição brasileira está sendo ignorada no que diz respeito à prisão do ex-presidente e à sua “inelegibilidade”.
Como era previsível, o ONU, valendo-se de prerrogativa ao Brasil, semana passada, que respeitasse suas próprias leis e garantisse os direitos políticos do ex-presidente.
Como se vê na imagem acima, o Estado brasileiro emitiu decreto obrigando a si mesmo a respeitar as decisões do Comitê de Direitos Humanos da ONU. Ou seja: a decisão desse comitê de exigir que o Brasil permita a Lula disputar a eleição de 2018 é uma decisão do Estado brasileiro e, não, de um órgão estrangeiro.
Não houve nenhum tipo de premonição ao dizer que a ONU daria razão a Lula. Essa análise, que este Blog fez tantas vezes, era, apenas, produto do uso adequado da lógica. Apesar disso, não faltou quem detratasse o signatário desta página como fizeram cinco anos atrás, quando este blog previu que as “jornadas de junho de 2013” terminariam em golpe.