Janaína Paschoal e Major Olímpio defendem Gustavo Bebianno

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A deputada estadual eleita Janaina Paschoal (PSL-SP) declarou que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, não pode ser considerado automaticamente culpado por supostos desvios de recursos do Fundo Partidário para candidaturas laranjas do PSL. A futura parlamentar o classificou como uma “pessoa controversa”, mas afirmou que não adianta o governo “cortar cabeças” sem uma apuração.

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar suspeitas de desvios de recursos do Fundo Partidário destinados ao PSL por meio de supostas candidaturas de fachada nas eleições de 2018. Bebianno presidiu o partido durante o período eleitoral. “Vejam, Bebianno pode ou não ficar no governo, insisto que a situação não me compete. Mas se sair, que seja porque não o desejam por lá”, escreveu Janaina em série de mensagens no Twitter. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse que as suspeitas serão investigadas.

Para ela, as situações precisam ser investigadas e apuradas. “Não adianta eleger um culpado e cortar cabeças, sem apurar”, afirmou. “O fato de Bebianno ter assinado a liberação do dinheiro, na condição de presidente do Partido, não o torna automaticamente culpado, pois ele era a pessoa competente para assinar a documentação. Temos que saber quem, eventualmente, ficou o dinheiro. Entendem?”

Janaina classificou o ministro como “uma pessoa controversa” e disse que “muita gente não gosta dele”. “Eu mesma tenho minhas mágoas. Mas não acho justo usar uma denúncia que, a princípio, não o envolve, para vingar outras questões”, afirmou.

O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), afirmou na manhã desta quinta-feira que o ministro Bebianno é de “absoluta confiança” de Bolsonaro e disse que a crise no governo será contornada. “Vejo total possibilidade de (a situação) ser contornada até porque tenho certeza que no momento em que Bebianno conversar pessoalmente com o presidente, tudo ficará esclarecido”, afirmou Olímpio à Rádio Eldorado. “É da absoluta confiança do presidente, uma escolha pessoal”, reforçou.

Na entrevista, Olímpio afirmou que, durante a campanha, teve a oportunidade de acompanhar o trabalho de Bebianno de “responsabilidade e imparcialidade na condução do partido”. “Não vejo responsabilidade direta dele. Seria impossível para Bebianno, que tinha esse papel de presidente do partido e acompanhava permanentemente a candidatura de Jair, fazer o controle disso, até porque não estava dentro da responsabilidade”, afirmou.

“Espero que (o problema) já se resolva e se esclareça para que não possa gerar uma crise de maior consequência”. Questionado se a ingerência dos filhos de Jair Bolsonaro no governo não o incomoda, respondeu que vê a questão com naturalidade. “Os filhos são parlamentares, têm vivência real na política e são da extrema confiança do pai. Têm um papel que transcende a questão familiar e são conselheiros de primeira hora do presidente. É absolutamente natural”. Segundo Olímpio, é questão de dias para que cada um “vá se acomodando no seu papel”.

Do Estadão