Disputa Lula x Bolsonaro fará história

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A decisão do STF contra Moro por parcialidade contra Lula ao liberar delação rejeitada de Palocci às vésperas da eleição de 2018 indica que o Tribunal irá restaurar os direitos políticos do petista. Com isso, em 2022 o Brasil terá a eleição mais eletrizante da história

No primeiro dia de 2018, o então juiz da 13a Vara Federal de Curitiba, Sergio Moro, levantou o sigilo de parte do acordo de delação de Antonio Palocci com a Polícia Federal. Moro incluiu as informações delatadas por Palocci contra Lula e o PT afirmando que “examinando o conteúdo”, não vislumbrava “riscos às investigações em outorgar-lhe publicidade”.

Em 2018, o jornal Folha de S.Paulo publicou entrevista com um dos principais procuradores da Lava Jato , Carlos Fernando dos Santos Lima, que criticou dura e abertamente alguns dos acordos de delação premiada celebrados pela PF, como o do ex-ministro Antônio Palocci.

Para o procurador em tela, a delação de Palocci – que foi negada pelo MPF, mas aceita pela PF – não deveria existir, por falta de provas. “Demoramos meses negociando. Não tinha provas suficientes. Não tinha bons caminhos investigativos”, afirmou

 

Passaram-se quase dois anos e o STF deferiu, neste começo de agosto de 2020, reclamação de Lula de que a divulgação da delação sem provas de Palocci foi um ato político de Sergio Moro para interferir na eleição presidencial, como mostra o voto do ministro Gilmar Mendes

E o fato é que “Se Moro for considerado suspeito, processos de Lula voltam à fase de denúncia‘, afirma Gilmar Mendes em entrevista à BBC Brasil e que isso anularia as condenações de Lula em dois processos (Tríplex do Guarujá e Sítio de Atibaia), além de retroceder a ação sobre supostas ilegalidades envolvendo recursos para o Instituto Lula, que está prestes a receber sentença do juiz que substituiu Moro na 13ª Vara de Curitiba, Luiz Antônio Bonat.

Temos aí, pois, a maior e mais eletrizante eleição da história se desenhando em 2022. Todas as pesquisas mostram que só há dois candidatos em pé de igualdade na próxima eleição presidencial. Um é Lula e, o outro, Bolsonaro. Todos os outros estão bem mais fracos

Com seus direitos políticos restaurados, Lula em 2022, dará em Bolsonaro a surra eleitoral que ele conseguiu evitar em 2018 graças a Moro, que prendeu o ex-presidente para Bolsonaro vencer. Será a eleição mais eletrizante da história. E a verdade vencerá

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