Aliados de Doria querem que Alckmin saia logo do PSDB

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Com a saída do PSDB já anunciada, o ex-governador Geraldo Alckmin é motivo de reclamações entre aliados de João Doria por permanecer no partido em meio às prévias tucanas para as eleições de 2022. Há incômodo com as articulações em torno do destino do governador e também com a influência que Alckmin ainda exerce dentro da legenda.

O desconforto aumentou após integrantes do partido em São Paulo declararem apoio ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, adversário de Doria nas prévias. Nesta semana, a candidatura do gaúcho ganhou a adesão do diretório municipal de São José dos Campos, área de influência de Alckmin, e também de nomes da região metropolitana. Aliados de Alckmin dizem que a decisão de adiar a saída do PSDB está diretamente ligada à campanha interna pela vitória de Leite nas prévias.

Para um secretário do Palácio dos Bandeirantes, o ex-governador também atua em causa própria ao atrasar o pedido de desfiliação. A tese é de que, ao trabalhar pela derrota de Doria nas prévias, Alckmin também pode enfraquecer seu eventual adversário nas eleições: o vice-governador Rodrigo Garcia, que deixou o DEM para se filiar ao PSDB já na condição de pré-candidato ao governo paulista. Se Doria perder a disputa interna, a tendência seria de queda no apoio a Garcia dentro do partido.

O ex-governador também se movimenta para viabilizar sua candidatura ao governo paulista por outro partido. Nesta semana, Alckmin convidou integrantes do MBL para uma reunião em que discutiu a filiação de coordenadores do movimento ao União Brasil, partido que resultará da fusão entre DEM e PSL. Uma das intenções no convite era oferecer um acordo para que o deputado Arthur do Val, que também é pré-candidato ao governo pelo Patriota, dispute outro cargo em 2022.

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