O novo ovo da serpente

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Eduardo Guimarães

Ao longo dos governos Temer e Bolsonaro, o Brasil não teve reedição dos protestos de 2013, o que teria permitido ao país se livrar de Bolsonaro. Agora, porém, lideranças de esquerda querem ver o “povo na rua” — e sob Lula, o que seria, basicamente, o enterro da democracia brasileira.

Rapidamente, a extrema-direita sequestraria essas manifestações e seria criada a narrativa de que é uma revolta contra um hipotético “estelionato eleitoral” de mais um petista — “estelionato eleitoral” foi a desculpa oficiosa para derrubar Dilma.

Se esses setores da esquerda não tiverem juízo desta vez, não teremos mais manifestações de esquerda por, talvez, algumas décadas, pois o que virá suplantará exponencialmente o que se viu entre 2016 e 2022.

Sem falar no 8 de janeiro de 2023…

Apoio os movimentos de mulheres, de sem-terra, de sem-teto, a presença do Estado na economia, a luta histórica e interminável contra o racismo e o machismo, o direito e o respeito à orientação sexual de cada um, a necessidade imperiosa de distribuição de renda, a taxação das fortunas e, se fosse possível, uma revolução socialista, pois o capitalismo é um zumbi que segue destruindo a humanidade.

O diálogo e a liberdade de expressão constituem direitos fundamentais de qualquer cidadadão, seja de direita ou de esquerda. Calar a divergência nunca funcionou. Radicalismo, de esquerda ou direita, jamais produziu nada no Brasil além de postergar por décadas o golpe de 1964.

Redação