Seis “provas” da inocência de Lula no caso do sítio

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Enquanto Aécio Neves continua solto após o país tê-lo ouvido, em áudio, pedindo a Joesley Batista parte dos 126 MILHÕES de reais que o empresário diz que pagou ao tucano, Lula está preso devido a acusação de outro delator que não apresentou uma só prova. Agora, tentam condenar o ex-presidente, de novo, sem provas. Mas provas de inocência há várias. Confira.

‘Farta prova documental’ põe Lula como proprietário de fato do sítio de Atibaia, diz Lava Jato. Em alegações finais do processo contra Lula de um sítio em Atibaia (SP), 12 procuradores do Ministério Público Federal garantem que haveria ‘variados elementos de prova’ mostrando que o ex-presidente é o verdadeiro dono da área no interior de São Paulo.

Essa “farta prova documental”, segundo o Ministério Público, refere-se a reformas feitas no sítio pelas empreiteiras OAS e Odebrecht.

Se empresas fazerem gentilezas a políticos fosse suficiente para encarcerá-los, Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso, entre outros, deveriam estar presos. A Lava Jato tem provas há muito tempo de que Aécio não só recebeu “gentilezas” de políticos como, também, pediu essas “gentilezas”, como mostra reportagem do Jornal Nacional reproduzida na versão em vídeo desta reportagem, ao fim do post.

Outro exemplo gritante foi quando, em 2002, o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, pediu doações de milhões de reais para si mesmo durante jantar no Palácio do Planalto. Nunca ninguém disse um A.

Assim, se a mera execução de reformas no sítio de um amigo de Lula é a grande “prova” (indício) contra o ex-presidente, é absolutamente insuficiente e fraca.

Porém, há várias “provas” (indícios) muito mais fortes de que Lula é inocente, conforme informações fornecidas pelo Partido dos Trabalhadores. Na verdade, seis fortes indícios de que não há nada contra ele.

Indício 1

O MPF e a juíza do caso sabem que o sítio não é do Lula:

A família Bittar, amiga da família de Lula, é comprovadamente, com registro e tudo, a proprietária do imóvel. Lula e Dona Marisa foram convidados a utilizar o sítio com a mesma liberdade que você dá a seus amigos para irem à sua casa.

Indício 2

Pedalinho e roupa íntima não são provas

A Lava Jato chama de “prova” roupas íntimas de Lula e da falecida dona Mariza e dois pedalinhos dos netos do casal encontrados no sítio. Essas são as principais “provas” que o MPF conseguiu em anos de investigação. A não ser que o Código Penal tenha sido alterado, guardar algum objeto na casa de um amigo não é crime.

Indício 3

Processo foi forçado a ficar com Moro

As acusações da Lava Jato são genéricas sobre a razão pela qual as empreiteiras teriam feito reformas no sítio como “propina” a Lula. Falam em contratos com a Petrobras sem explicar a participação de Lula no fechamento desses contratos. Nada comprova que o ex-presidente tenha, de alguma forma, se envolvido em negociações das empreiteiras com a Petrobras ou se beneficiado delas.

Indício 4

Sem perícia nos contratos

Não existe prova de fraude de licitação nesses contratos, que é quando uma empresa é beneficiada para vencer a disputa de uma obra, ou consegue a empreitada por um preço maior que o devido. Também não existe nenhuma perícia de desvios nesses contratos e que Lula tivesse recebido qualquer recurso deles.

Indício 5

Testemunhas negaram envolvimento de Lula

O dono da Odebrecht, ao fazer delação, disse que Lula não teve nada a ver com esses contratos apontados pelo MP. De todos os depoimentos do caso, em nenhum deles jamais foi afirmado que Lula tenha pedido reformas ou trocado qualquer ato como presidente por elas. Análise técnica na contabilidade da Odebrecht mostrou que o dinheiro que a Lava Jato diz que foi para as reformas, na realidade foi sacado por um executivo da própria Odebrecht.

Indício 6

Está provado que Moro tinha interesse na condenação de Lula

O juiz que orientou todo o caso, o agora ex-juiz Sergio Moro, virou ministro de Jair Bolsonaro, que só chegou ao poder porque Lula foi preso. Além disso, Bolsonaro jamais nomearia um ministro que não estivesse afinado política e ideologicamente consigo. Ou seja, Sergio Moro tinha interesse em condenar Lula devido a sua proximidade com um inimigo dele.

Confira a reportagem em vídeo