Chefe da Secom usa irmão de assessor como laranja

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Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Na quarta-feira Wajngarten passou o dia sob pressão por suspeita de conflito de interesse entre a atuação de suas empresas e o cargo que ele ocupa. O jornal “Folha de S.Paulo” publicou que a FW Comunicação tem negócios com emissoras de televisão e agências de publicidade que recebem verba do governo federal. Wajngarten é o responsável pela distribuição dos recursos de publicidade da gestão Jair Bolsonaro.

O secretário foi nomeado para a Secom em abril de 2019. Por causa do cargo, ele teve que se afastar do comando das duas empresas. Foi quando designou Fábio Liberman para administrar seus negócios. Ao mesmo tempo nomeou Samy Liberman para ajudá-lo em Brasília.

Na FW, Wajngarten tem como sócio a mãe, Clara. Na Wajngarten Intermediações, tem como parceira a mulher, Sophie. Ambas ficam em São Paulo e foram abertas com capital social irrisório – R$ 2 mil e R$ 10 mil, respectivamente.

A primeira atua no ramo publicitário e, segundo fontes do mercado, não se trata de uma agência de publicidade, mas uma empresa de consultoria. A segunda empresa tem atuação mais genérica e o registro do seu ramo de atuação na Junta Comercial – “atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral” – não permite especificar que tipo de trabalho oferece.

Um episódio que deu projeção a Wajngarten no mercado publicitário foi quando ele intermediou a vinda para o Brasil de uma empresa alemã que concorreria com o Ibope na área de medição de audiência. A GFK ficou no país apenas cinco anos no ramo de pesquisa de mídia, encerrando as atividades em 2017.

O Globo