Mídia já admite erros contra o PT

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Já é possível ver na grande mídia declarações de arrependimento pelos ataques insanos e incessantes empreendidos contra Lula, Dilma, Haddad… Enfim, contra o PT. Era previsível.

Para que se possa entender como era turva a visão da mídia corporativa sobre o PT, basta pesquisar o que reportagens e editoriais de grandes jornais e televisões diziam sobre o partido e seus expoentes.

Foi o que fez Flavia Lima, ombudsman da Folha de SP. Em sua coluna do último domingo, ela bem lembrou que “Em nome de interesses múltiplos, nem sempre convergentes com os da população, jornais têm normalizado guinadas autoritárias pelo menos até que os novos donos do poder se voltem mais enfaticamente contra a própria imprensa”

Flavia lembrou de episódios como o “editorial do jornal O Estado de S. Paulo (“Uma escolha muito difícil”), em que o “direitista” Jair Bolsonaro (então no PSL) e o “esquerdista” Fernando Haddad (PT) eram comparados para concluir que “não será nada fácil para o eleitor decidir-se [em 2018] entre um e outro”.

Outro exemplo foi reportagem do jornal em que Flavia trabalha. Ela lembrou que “Em setembro do mesmo ano [2018], a Folha afirmava que atitudes de Haddad e de seus companheiros levavam boa parte do eleitorado a desconfiar da ‘profundidade de seu compromisso com o Estado democrático de Direito’. Isso, a despeito da inexistência de riscos à democracia durante mais de uma década de PT no poder.”

Matéria recente da BBC Brasil confirma o que disse Flavia ao elencar “6 momentos dos ataques de Bolsonaro contra a imprensa”. Nessa matéria, a rede pública britânica mostra que, assim como ocorreu em 1964, a imprensa ajudou a derrubar um governo e, depois, virou vítima do que foi colocado no lugar daquele governo

Como se sabe, após a imprensa de 1964 (Globo, Estadão, Folha…) ter ajudado os militares a derrubar o governo João Goulart, esses veículos foram vítimas de censura. Tinham quem colocar receitas de bolo e até Versos de Camões no lugar das matérias censuradas

A mídia brasileira sempre flertou com o autoritarismo e se deu mal várias vezes. Em 2009, a Folha de SP, em editorial, chamou a ditadura brasileira de “ditabranda”, relativizando o fenômeno. O editor do Blog da Cidadania, naquela momento, convocou seus leitores no site a irem com ele fazer uma manifestação contra o absurdo do jornal de dizer que a ditadura militar brasileira foi “branda” por ter matado “pouco”.

A história sempre acaba registrando a verdade. O futuro que o Blog da Cidadania vislumbrou à época do golpe que derrubou Dilma ou prendeu Lula, chegou. A verdade está aparecendo

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