A bolsinha vermelha

Cristina irrompe pelo quarto do casal às sete da manhã de domingo. Vem da cozinha, onde preparava o café da manhã. Traz seu computadorzinho nas mãos. Enquanto caminha em direção ao marido, que ainda jaz em processo de despertar, repete, compulsivamente, frases que o fazem saltar da cama:

— Calma, minha filha! Calma, meu amor! A mamãe está aqui! Não fica assim!