Adriano Machado | Agência O Globo

Glenn Greenwald pede habeas corpus preventivo ao STF

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O jornalista americano Glenn Greenwald ingressou na última sexta-feira, 2 de agosto, com um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF), para evitar uma possível prisão ou deportação.

O pedido de Greenwald cita a portaria 666, editada pelo ministro Sergio Moro em 25 de julho, que trata do “ingresso, a repatriação e a deportação sumária de pessoa perigosa ou que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal”. O relator do caso é o presidente do Supremo, Dias Toffoli.

No documento, o jornalista diz que “não pode ser coagido de maneira alguma, deve ter segurança e a liberdade de realizar seu mister”. Greenwald cita ser responsável pelas matérias divulgadas nas últimas semanas pelo site “The Intercept Brasil”, e que procura a “verdade real”. O americano reside no Brasil e tem dois filhos.

Após a edição da portaria de Moro, o presidente Jair Bolsonaro, em 27 de julho, comentou sobre a atuação de seu ministro: “Ele tem ‘carta branca’. Eu teria feito um decreto. Tem que mandar pra fora quem não presta, tem que mandar embora. Tem nada a ver com o caso desse Glenn não sei o quê (Glenn Greenwald, editor do The Intercept), aí. Tem nada a ver com o caso dele. Tanto é que não se encaixa na portaria o crime que ele tá cometendo”, disse Bolsonaro, que completou:

“Até porque ele é casado com outro homem, e tem meninos adotados no Brasil. Tá certo? Malandro, malandro, pra evitar um problema desse, casa com outro malandro, ou não casa, e adota criança no Brasil. É um problema que nós temos…Ele não vai embora. O Glenn pode ficar tranquilo. Talvez ele pegue uma cana, aqui, no Brasil. Não vai pegar lá fora, não.”

De OGlobo