Bolsonaro demorou para falar de massacre em Suzano e gerou ‘bate-cabeças’ no Planalto
Dentre auxiliares ligados à comunicação da Presidência, a avaliação de bastidores foi que a reação do presidente Jair Bolsonaro ao ataque a tiros que deixou dez mortos nesta quarta-feira em uma escola de Suzano, na Grande São Paulo, demorou demais para acontecer.
A tragédia ocorreu por volta das 9h. Mais de seis horas depois, às 15h21, a Secretaria de Comunicação Social divulgou nota classificando o crime como “grande tragédia” e “desumana ação”.
Apenas às 15h59 ele usou suas redes sociais para prestar condolências aos familiares das vítimas.
– Uma monstruosidade e covardia sem tamanho. Que Deus conforte o coração de todos! – escreveu o presidente aos seus milhões de seguidores no Twitter e no Facebook.
Um assessor palaciano comentou reservadamente que houve “bate-cabeças” no terceiro andar, onde fica o gabinete de Bolsonaro. O texto da nota divulgada pelo Palácio do Planalto foi discutido pelo presidente com o porta-voz, general Otávio do Rêgo Barros, apenas depois do almoço, e divulgado sem a assinatura presidencial.
De O Globo