MEC atrasa a entrega de meio milhão de livros didáticos no país
Enquanto Ricardo Vélez Rodríguez se ocupa de enviar carta assinada a escolas pedindo que leiam slogan de campanha eleitoral, a entrega de quase meio milhão de livros didáticos está em atraso no país. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia ligada ao Ministério da Educação e responsável pela distribuição do material, minimiza as pendências, afirmando que mais de 99,5% dos 126,1 milhões de livros previstos para chegar aos alunos neste início de ano letivo foram entregues. O restante, segundo o órgão, está atrasado por causa de “sinistros e extravios, mas já está sendo reposto por meio de compra complementar”.
Apesar de proporcionalmente pequeno, o número de exemplares em atraso tem causado transtornos em diversas partes do país. No Distrito Federal, o secretário de Educação, Rafael Parente, já reclamou de não ter recebido 15 mil livros destinados a alunos da educação básica — incluindo os ensinos infantil, fundamental e médio — e disse que o DF fará o próprio material didático para não mais depender do MEC. Segundo a Pasta, faltam materiais didáticos de todas as disciplinas. O secretário afirmou que planeja um levantamento das escolas com maior demanda para fazer um remanejamentos das obras.
O atraso na entrega de livros também foi relatado em estados como Rio de Janeiro, Tocantins e Paraná, segundo informou a União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação. A entidade destacou que, segundo os relatos, são “casos pontuais” de “atrasos e quantidade insuficiente de livros”.
O material que ainda não foi entregue faz parte do Programa Nacional do Livro Didático 2019, que fornece as obras para professores da educação infantil e estudantes e professores dos anos iniciais do ensino fundamental, além de fazer reposições de livros para estudantes e professores dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio.
Da Época