Ministro não tem o menor apoio na comunidade educacional para comandar o MEC
Os seguidores de Olavo de Carvalho, os chamados “olavetes”, criaram a maior confusão no Ministério da Educação com seus métodos de atuação. O terremoto ameaça o próprio titular da pasta.
Aos poucos vai ficando claro que Velez Rodrigues não tem o menor apoio na comunidade educacional (mesmo na direita liberal) para comandar o Ministério da Educação. Além do que, com a tal da “lava-jato da educação”, derrubou as ações de grandes corporações que atuam na área da educação. Ontem elas subiram durante a confusão no MEC. Coincidência ou não, o “mercado” pode ter farejado algo.
Em uma ação de auto-manutenção no cargo teve que assimilar pressões oriundas dos núcleos militar e neoliberal, demitindo alguns correligionários “olavetes” (ele também é um deles) ou oferecendo a estes cargos de menor importância. Houve quem não aceitasse e preferisse sair. Dizem que foram traídos. O fato é que a confusão é grande.
Velez não tem o menor apoio no setor dos liberais da reforma empresarial da educação que trabalharam no governo Temer, tendo cometido o erro de não ter ao menos tentado trazê-los para cargos de importância dentro do Ministério. Não é certo que teriam aceito, mas seria um começo de conversa. Agora, pode ser tarde.
Daniela Lima, na Folha, registra a possibilidade de uma troca no comando do MEC – o nome de Stavros Xanthopoylos começou a circular novamente. Ele foi consultor de Bolsonaro para assuntos educacionais durante a campanha. Este Blog registrou no dia de ontem uma maior procura, também, por posts com seu nome.
Não se sabe qual dos dois fará mais danos à Educação, pois Stavros certamente estará com maior sintonia com o número neoliberal no ministério da Economia, que conduz a privatização. Pode ser a porta para a retomada da reforma empresarial da educação, agora mais organicamente vitaminada com uma conexão com o pessoal da Economia.