Witzel recebe família de Marielle e pede desculpa por placa quebrada na campanha eleitoral

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Pela primeira vez desde que assumiu o cargo de governador do Rio de Janeiro, Wilson Wtizel (PSC), conversou com os pais da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada no dia 14 de março de 2018. Segundo Marinete Silva, mãe da vereadora, o governador pediu desculpas para a família por participar de um evento de campanha onde uma placa com o nome de Marielle foi quebrada.

“Ele nos pediu desculpas. Ele afirmou que não participou ativamente do ato. E disse que não sabia. Disse que era uma atitude individual de cada um e não teria como responder por qualquer outra pessoa”, disse

No vídeo em que a placa é quebrada, Witzel pede votos a Daniel Silveira (PSL), eleito deputado federal. Depois, quem discursa é Rodrigo Amorim (PSL), eleito deputado estadual mais bem votado, e diz que vai “varrer” o que chama de vagabundos do PSOL, PCdoB e exalta o então candidato Jair Bolsonaro (PSL).

A multidão que participa do ato de campanha é filmada e vibra com o discurso. Nesse momento, Witzel se filma e fala: “É isso aí pessoal, olha a resposta.”

O encontro desta quarta-feira (13), que aconteceu no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul da cidade, e contou com a presença de integrantes da Anistia Internacional, organização de defesa dos direitos humanos. Um dia antes, dois acusados pelo crime contra a vereadora foram presos.

Para Jurema Werneck, representante da Anistia Internacional, o mais importante foi ver o governador assumir o compromisso de dar continuidade nas investigações.

“Nós ouvimos do governador o firme compromisso de seguir com as investigações e a concordância de que esse é só o primeiro passo. O governador se comprometeu perante a família de Marielle e perante a Anistia Internacional que vai seguir nas investigações para responder todas as questões e esclarecer todas as dúvidas e incertezas, principalmente quem mandou matar e porque” disse Jurema Werneck.

No contato com a imprensa depois da reunião, Jurema ainda lembrou de outras inconsistências que precisam ser esclarecidas nesse crime.

“Queremos saber também sobre a arma da polícia civil utilizada no assassinato, a munição da polícia federal, a negligência, o acompanhamento inadequado e as interferência indevidas apontadas no processo”, comentou Jurema, que afirmou sair satisfeita com o encontro desta quarta-feira.

Sobre a mudança no comando das investigações, a Anistia Internacional não quis comentar a saída de Giniton Lages, chefe da Divisão de Homicídios da Capital. Mais cedo, o governador anunciou que convidou o investigador a fazer um intercâmbio na Itália. Giniton disse que ainda não tomou nenhuma decisão e está en “sondagens”.

Do G1