Imprensa internacional repercute prisão de Temer

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A prisão do ex-presidente Michel Temer na manhã desta quinta-feira vem ganhando destaque na imprensa internacional.

A emissora britânica “BBC” foi uma das primeiras a enviar um alerta de notícia de última hora, nos primeiros minutos após a ação da força-tarefa da Lava-Jato, considerada pela estatal do Reino Unido como uma “abrangente investigação de corrupção”.

A notícia se espalhou por jornais de vários países, como o espanhol “El País”, os americanos “The Washington Post” e “The New York Times”, e a rede de televisão catariana “Al Jazeera”.

O “El País” ressaltou que Temer assumiu a presidência após o impeachtment de Dilma Roussef, classificando o período como “um dos capítulos culminantes do terremoto que ocorreu no Brasil, principalmente, mas também no restante da América Latina”.

A “Al Jazeera”, por sua vez, publicou com base em informações da agência de notícias “Reuters”, afirmando que Temer negou “qualquer irregularidade repetidamente”.

Já o “New York Times” começou a notícia afirmando que o ex-presidente vem sendo investigado por “vários casos de corrupção”. Citando a agência “Associated Press”, o jornal explicou que a ordem dos mandados de prisão partiu do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, responsável por supervisionar “parte de uma ampla investigação de corrupção envolvendo propinas a políticos e funcionários públicos” que já prendeu inclusive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O portal de notícias do jornal britânico “The Independet” frisou que Temer foi preso apenas dois meses depois de deixar o cargo, assumido em janeiro por Jair Bolsonaro.

Outros que noticiaram o episódio que movimenta o âmbito da política brasileira nesta quinta-feira foram o jornal francês “Le Figaro”, o italiano “La Repubblica” e o argentino “La Nación”.

O ex-ministro das Minas e Energia Moreira Franco também foi preso por agentes da Polícia Federal, que cumprem 10 mandados de prisão, oito preventiva e duas temporárias em São Paulo, Rio, Porto Alegre e Brasília. A ação é um desdobramento da Operação Radioatividade, que investiga desvios nas obras da Usina de Angra 3 e tem como base a delação do empresário José Antunes Sobrinho, dono da Engevix.

De O Globo