Crônica do golpe: o cerco a Tóffoli e a tática do “Tira bom, tira mau”

A fonte mais do que fidedigna me procura e dispara: “Estão ‘seduzindo’ o Tóffoli por conta das contas de campanha no TSE”. Diante de Tóffoli está sendo colocada uma “escolha de Sofia”. Ele pode escolher entre o céu e o inferno, ou seja, entre não endossar uma artimanha qualquer de Gilmar para rejeitar (total ou parcialmente) as contas de campanha de Dilma e virar alvo da mídia ou endossar e virar um novo Joaquim Barbosa, sendo aplaudido em aviões e restaurantes chiques.

Querem “autonomia” para Levy? Que ele dispute eleição. E vença

Tucanos, a mídia e o “mercado” dizem que Joaquim Levy não terá “autonomia” no governo Dilma Rousseff. Se querem que ele tenha “carta branca”, que o convidem para ser candidato do PSDB à Presidência em 2018 e elejam-no. Até lá, ele será apenas mais um auxiliar daquela que, desde 1º de janeiro de 2011, tem dado a última palavra sobre cada ato do governo. E que acaba de ser reeleita com 54 milhões de votos.

Escolha da nova equipe econômica visou destravar investimentos

A nova equipe econômica não fará algo que a anterior não faria, apesar de o agora ex-ministro da Fazenda Guido Mantega dificilmente poder ser considerado um bicho-papão. Diante disso, o post dirá o que parece ao autor que aconteceu na economia brasileira durante o primeiro mandato de Dilma e o que acha que deverá acontecer daqui para frente. E, ainda, irá explicar a razão da escolha de Levy e de outros ministros polêmicos do segundo mandato. Este texto, pois, pretende ser um antidepressivo para o leitor. Sem contra-indicação, claro.

JN diz que lei de FHC para Petrobrás é boa, contanto que PT não use

Na “escalada” que abre o telejornal da Globo, a apresentadora anuncia que “Este ano, 90% dos contratos da Petrobrás foram feitos sem licitação”. Em seguida, explica que “Não tem nenhuma ilegalidade, nisso” porque “Existe um decreto há 16 anos que permite a dispensa de licitação”. Um decreto de FHC. A partir daí, o telejornal constrói mais uma “escandalização do nada” em que lei que o PSDB pode usar, o PT não pode.

É injusto acusar Dilma de “estelionato eleitoral” por nomear Levy

O programa de governo que Dilma apresentou ao longo da campanha eleitoral pregou ajustes na economia, sim. Ela disse, em vários debates, que faria os ajustes que se impõem, mas que, à diferença de Aécio ou Marina, faria paulatinamente, de forma a não gerar sacrifícios insuportáveis. Onde está, portanto, o “estelionato eleitoral” sugerido por campanhas que pedem que Dilma cumpra o programa de governo com o qual venceu a eleição? Na nomeação de Levy? Bobagem.

Petistas críticos a escolhas de Dilma quiseram “refundar” PT devido ao mensalão

Na semana passada, a corrente petista “Mensagem ao Partido” encampou a tese da mídia e do PSDB de que, ao nomear como novo ministro da Fazenda Joaquim Levy, Dilma irá praticar “estelionato eleitoral”. Em 2005, essa corrente propôs “refundar” o PT devido ao mensalão. Em 2012, uma das lideranças da “Mensagem”, Tarso Genro, propôs sepultar a “agenda de solidariedade” aos réus do mensalão.

Katia Abreu, Joaquim Levy e o garotinho que pôs fogo na casa

Desde o início do ano, a Câmara dos Deputados já rejeitou 12 pedidos de impeachment de Dilma Rousseff, de acordo com o site Congresso em Foco. No período eleitoral, três solicitações foram apresentadas. No Google, a expressão “impeachment de Dilma” soma 564 mil resultados. É nesse contexto que têm que ser lidas as possíveis nomeações de Katia Abreu e Joaquim Levy por Dilma.

Como o ódio de Noblat por Toffoli virou amor

A entrega da análise das contas de campanha da presidente Dilma Rousseff para o ministro do STF e do TSE Gilmar Mendes acaba de ganhar um novo – e interessante – capítulo. O blogueiro Ricardo Noblat acaba de entregar o jogo sobre a estratégia da Globo para legitimar o golpe que se desenha contra a presidente da República no Tribunal encarregado de arbitrar processos eleitorais no Brasil