Bolsonaro se vinga proibindo o Carnaval na TV
O Carnaval foi bem ruim para Bolsonaro. Teve xingamentos, fantasias laranjas e “latada” em boneco à sua imagem. Na terça (6) à noite, ele “respondeu” aos ataques com um vídeo pornográfico, generalizando atos obscenos de alguns como prática de todo folião. Não deu certo. O vídeo pornô desmoralizou o presidente. Vingativo, agora tirou o carnaval da TV.
Todos viram como a popularidade de Bolsonaro está fazendo água; o Carnaval de 2019 foi marcado por críticas generalizadas ao desocupado presidente-tuiteiro.
Pelas ruas do país, Bolsonaro foi vaiado sem piedade; marchinhas de Carnaval o acusam de ladrão e “miliciano”. Veremos algumas dessas cenas no vídeo ao fim do post.
Furioso com opiniões divergentes, o adolescente velho que nos desgoverna decidiu jogar sujo: achou um desses vídeos de Carnaval com foliões praticando atos sexuais em público e sugeriu, em sua conta no Twitter, que aquela era a natureza da maior festa popular do país.
O tiro saiu pela culatra. A mídia internacional caiu matando, para começar. Houve órgãos de imprensa europeus e norte-americanos que chegaram a DEBOCHAR do presidente do Brasil e até do próprio país por ter um presidente que fica postando vídeo pornográfico em rede social.
Bolsonaro e comparsas se enfureceram, mas tiveram que baixar as orelhas; até aliados e apoiadores criticaram o porno-presidente pelo desatino e pelo vexame que impôs ao Brasil diante do mundo.
Gente como Bolsonaro é incapaz de atos de humildade como o de fazer uma autocrítica para tentar entender o que aconteceu. Assim, usando o cargo público em interesse próprio – no caso, para se vingar –, o político simplesmente tirou a transmissão do Carnaval da TV Brasil.
Já havia virado tradição na televisão brasileira a transmissão do desfile das escolas de samba campeãs do Carnaval pela TV Brasil, emissora pertencente ao governo. Os direitos de transmissão pertencem à Globo, mas a emissora gentilmente cedeu nos últimos três anos para a TV estatal.
Essa tradição, no entanto, não será seguida nesse ano. Isso porque a troca de direção da emissora promovida pelo governo Bolsonaro optou por não transmitir os tais desfiles que, vale lembrar, sempre conferiram à emissora recordes de audiência.
Essa atitude é emblemática. Permite prever o que acontecerá com qualquer um que desafiar o pretenso ditador que o Brasil elegeu durante o maior surto de insensatez de um povo já visto desde a eleição de Hitler pelos alemães. Porém, há leis no Brasil e elas criminalizam o uso da máquina pública em proveito de gestores – eleitos ou não.
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