Dilma dispara: vídeo pornô e tutela militar mostram que Bozo não é digno do cargo
Nem o mais pessimista dos brasileiros poderia prever que a crise que resultou do golpe que derrubou uma presidenta eleita e a prisão do maior líder popular da história do país, para impedi-lo de concorrer, levaria à eleição de um presidente da República que não demonstra noção alguma de decoro, civilidade, e respeito à liturgia do cargo que exerce. Muito menos, o que é ainda mais grave, compromisso com a democracia.
O vídeo obsceno distribuído por Bolsonaro com 3,4 milhões de pessoas, revela um chefe de Estado escatológico e sem preocupação com controles impostos pela ética pessoal e política. O vídeo circulou pelo mundo, desmoralizando a imagem do Brasil no exterior e ofendendo todos que o tenham visto.
Como se isto já não fosse demais, o presidente declarou que a democracia e a liberdade só existem porque as Forças Armadas permitem. Uma afirmação inaceitável mesmo partindo de alguém que sempre preferiu a ditadura, defendeu a tortura e, há poucos dias, elogiou um ditador pedófilo.
Os brasileiros reconquistaram a democracia e atribuíram à soberania popular, baseada no voto direto e secreto de toda a população, a condição de cláusula pétrea da Constituição, e garantia do Estado Democrático de Direito. Ao defender a tutela militar sobre a democracia e a liberdade, Bolsonaro rasgou a Constituição e mostra seu grosseiro autoritarismo.
Em pouco mais de dois meses de mandato, este governo ultrapassou todos os limites imagináveis e rompeu com todas as regras de empatia, boa educação e respeito que moldam uma civilização e sustentam uma Nação democrática.