MEC cria comissão para censurar questões do Enem

Todos os posts, Últimas notícias

Órgão do Ministério da Educação responsável pela organização do Exame Nacional do Ensino Médio, o Inep instalou nesta quarta-feira, 20, uma comissão para avaliar as questões que estão disponíveis para serem utilizadas na prova.

O grupo terá acesso ao ambiente seguro do Inep e dez dias para concluir o trabalho de escolher quais questões devem ficar de fora do exame, que é usado na seleção de universidades públicas, no Programa Universidade Para Todos (Prouni) e no Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).

De acordo com a portaria 244, a comissão é composta por três integrantes e será responsável por avaliar os itens disponíveis  no Banco Nacional de Itens (BNI), mantido pelo Inep, para a montagem da edição de 2019 do Enem.

De acordo com o Inep, as recomendações do grupo devem ser justificadas e, caso haja discordância da direção de Avaliação da Educação Básica, a palavra final caberá ao presidente do órgão.

O instituto também nega que os itens serão descartados. “As questões dissonantes serão separadas para posterior adequação, testagem e utilização, se for o caso”, afirma Marcus Vinicius Rodrigues, presidente do Inep, por meio de nota.

Com a iniciativa, o Inep cria uma etapa extra de seleção das perguntas que irão compor a prova, já que as questões que compõem o BNI passam pelo escrutínio do próprio órgão.

“O Banco Nacional de Itens (BNI) do Inep tem como objetivos principais a elaboração permanente e a manutenção de quantidade expressiva de itens com comprovada qualidade técnico-pedagógica”, diz texto de apresentação do sistema.

Entre os membros está Marco Antônio Barroso Faria, ex-aluno do ministro Ricardo Vélez Rodriguez e que irá representar o Ministério da Educação no Colegiado. Faria é secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior da Pasta.

Os outros dois integrantes são Antonio Maurício Castanheira das Neves, representante do INEP, e o procurador de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina Gilberto Callado de Oliveira, representante da sociedade civil.

Da Veja