Imprensa internacional repercute notícia falsa divulgada por Jair contra jornalista brasileira

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Jair Bolsonaro tem virado assunto na imprensa do mundo todo, mas nunca com boas notícias. Os absurdos que ele fala, tanto em discurso quanto em sua conta do Twitter, estão sendo observados com atenção e desconfiança. Só nesta semana, alguns dos principais veículos mundiais comentaram apolítica brasileira e a falta de valores democráticos do mandatário do Brasil.

Nos últimos dias, Bolsonaro foi lembrado pelo ataque — e fake news — contra a jornalista do Estado de S. Paulo, Constança Rezende.

O jornal britânico The Guardian publicou uma extensa reportagem nesta segunda-feira (11) sobre o assunto. O veículo considera Bolsonaro um político de extrema direita e informou, ainda, que o site francês Mediapart, que hospedou originalmente a entrevista falsa de Constança Rezende, reconheceu se tratar de uma fake news e desmentiu Jair Bolsonaro.

O veículo francês afirmou que o conteúdo é de responsabilidade, ou irresponsabilidade, do autor: Jawad Rhalib, que escreve sem responsabilidade para divulgadores de fake news como o Terça Livre. A autora da notícia falsa, Fernanda Salles Andrade, inclusive, é assessora parlamentar do PSL, ou seja ela ganha dinheiro do partido de Bolsonaro.

O estadunidense New York Times, também na segunda-feira (11), abordou o caso e focou nas críticas feitas à Bolsonaro  pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). As duas instituições assinaram juntas uma nota de repúdio contra a ação de Jair.

A publicação comenta ainda que assim como Trump, Bolsonaro usa o Twitter para dar suas declarações contra seus opositores e quem pensa diferente dele.

Em outro texto, também publicado na segunda-feira (11), o New York Times abordou a tumultuada relação de Jair com a imprensa brasileira.

O segundo texto classificou Bolsonaro como extrema-direita e questionou se o ocorrido com Constança Rezende também faz parte de uma estratégia já implantada por Trump nos EUA: a “entrevista fake”. Tanto lá quanto no Brasil, jornalistas estão sendo gravados sem saber por militantes que distorcem o conteúdo da conversa e divulgam o áudio para manchar a imagem do profissional de imprensa.

As práticas de Jair Bolsonaro trazem uma repercussão negativa e seus ataques a profissionais de imprensa e adversários políticos ou a qualquer pessoa que pense diferente dele estão passando uma imagem intolerante e antidemocrática para o Brasil. Isso tudo em apenas três meses de governo.

Do PT