Mourão responde críticas de Olavo de Carvalho mandando “beijinhos”

Todos os posts, Últimas notícias

Nas últimas semanas o vice-presidente Hamilton Mourão virou alvo principal de críticas de Olavo de Carvalho , guru intelectual dos bolsonaristas, em suas redes sociais. Em sua conta no Facebook, Olavo faz seguidos posts comentando falas do vice-presidente, a quem já chamou de “inimigo do presidente e de seus eleitores” e disse que ele “não estava bem da cabeça”.

Apesar das duras críticas vindas de alguém que tem referência com o público e eleitor que o elegeu, Mourão tem evitado rebatê-las. Nesta quinta-feira, perguntado pelo GLOBO se ele se incomodava com as declarações de Olavo de Carvalho, Mourão riu e respondeu:

— Beijinhos, pô — disse Mourão em tom irônico negando fazer comentários sobre o tema.

Desde que assumiu a presidência interinamente pela primeira vez — no final de janeiro, quando Jair Bolsonaro viajou à Davos para participar do Fórum Econômico Mundial — o vice-presidente Hamilton Mourão ganhou visibilidade e assumiu um protagonismo importante dentro do governo.

Se por um lado o presidente Jair Bolsonaro pouco fala com a imprensa e nem sempre emite opiniões sobre assuntos que estão na pauta do dia, por outro, Mourão não se omite a falar sobre nada. Suas opiniões fortes e muitas vezes contrárias às do próprio presidente Bolsonaro dividiram opiniões e geraram nas redes.

A contrariedade do guru dos bolsonaristas com o vice-presidente da República o levou a declarar arrependimento pelo apoio em Mourão, o que ele próprio classificou como uma “burrada” e disse que não se cansaria de pedir desculpas, conforme uma postagem feita no último dia 5 de março:

“O maior erro da minha vida de eleitor foi apoiar o general Mourão. Não cessarei de pedir desculpas por essa burrada” — afirmou Olavo de Carvalho em seu Facebook.

Em outras postagens recentes, Olavo se refere aos comentários de Mourão como “a ética mourânica”. Em um comentário um seguidor pergunta: “A ética mourânica é uma ética comunista, prof. Olavo de Carvalho?” e ele responde: “Não. É uma ética de MALUCO”.

De O Globo