Presidente da Petrobras diz que seu sonho é a venda da empresa

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O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, se posicionou como um liberal e, como tal, defendeu a privatização de 99% das estatais.

Uma das poucas exceções seria o Banco Central, afirmou ao participar de evento na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro

Segundo o executivo, a venda da Petrobras e de outras companhias públicas “foi sempre o sonho”. “Não podemos ter tudo o que queremos, mas podemos tentar”, afirmou em seguida, parafraseando música da banda Rolling Stones.

Já que não pode vender a petroleira, sua intenção, à frente da Petrobras, é transformar a empresa “o mais próximo possível de uma empresa privatizada”, complementou.

Ativos

O presidente da Petrobrás projeta a venda de US$ 10 bilhões nos primeiros quatro meses deste ano, dentro do seu programa de desinvestimento.

“Tudo vai depender do mercado, da velocidade que vamos conseguir imprimir ao portfólio de desinvestimento”, disse.

Em sua palestra, ele voltou a defender o foco no pré-sal, a venda de ativos, a desalavancagem e a disciplina de capital.

Regime de partilha

Castello Branco criticou o regime de partilha adotado pelo governo nos contratos de pré-sal. Em sua opinião, esse é mais um “empecilho à eficiência e produtividade” das empresas, entre elas a Petrobras.

Na palestra, o executivo ainda reiterou que a companhia não quer ser monopolista e que a competição, nos setores de gás natural e refino, deve contribuir para o desenvolvimento do mercado e da companhia.

Funcionários

O presidente da Petrobras defendeu que a empresa adote um modelo de gestão de pessoal que preveja consequências punitivas, que inclui a perda de cargo e demissões. Em sua opinião, os acionistas não podem ser afetados por erros da equipe de trabalhadores.

“O importante é criar valor para o acionista”, disse o executivo, acrescentando que a segurança de operação está entre os pilares de sua administração.

Na palestra, Castello Branco reiterou que a empresa lançará em breve um programa de demissão voluntária.

Da Exame